quinta-feira, 6 de abril de 2017

REFLEXÃO SUJA

O jeito é admitir... eu sou um lixo!
Decerto um lixo reciclável, que ainda pode (e deve) se tornar algo bom e útil, mas (ainda) sou um lixo. Isso é fato.
E por que essa certeza toda? 
Porque estou constantemente sendo empurrado para junto do lixo. E, pelo menos tecnicamente falando, o que é levado ao lixo é somente o lixo.
Por mais que eu me afaste por um tempo e tenha larga convivência com situações (pessoas) “limpas”, o “destino” logo dá um jeito para que eu volte para o "meu lugar". Voltar para junto de seres (humanos e afins) lixo.
Por vezes reclamei e bradei por esta convivência com esses tipos de indivíduos, me achando relegado, injustiçado... pensando eu ser melhor do que eles (pareço ser), achando que eu mereço estar na companhia de outros seres melhores.
Mas cheguei à dura conclusão que se sou frequentemente (e duramente por vezes) empurrado à companhia destes, é porque sou similar a eles... lixo!
Só me restou admitir, pois se o Universo é perfeito (como dizem), então coloca cada qual no seu devido lugar. E se sou sempre (ou quase sempre) colocado neste “lugar” com esta qualidade de gente, é porque devo ser “sujo” como eles.
Melhor então eu aprender (que nem o Cascão dos gibis) a brincar no lixo.
Mas é difícil admitir... 
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