quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Carnavalizando

Carnaval
Festa da carne, da orgia, do pecado...

Esse conceito era válido antigamente, quando vivíamos numa sociedade hipócrita, e, “necessitava-se” de um momento para (mascarados) extravasarmos os nossos instintos.
Hoje em dia ainda precisa-se de carnaval para isso? O culto aos sentidos canais acontece sim em larga escala nesse período, mas depender do carnaval para as diversas libações da carne, já não corresponde mais à realidade.

Penso que o carnaval expressa os nossos anseios, desde os explícitos até os mais recônditos da nossa mente. Estes (os anseios) hoje são liberdade (real liberdade), alegria para não sucumbirmos ao desespero (e lamentavelmente motivos pra isso é o que não falta) e uma vontade imensa de confraternizar, estar com outros seres humanos, saindo das nossas tocas solitárias. Estar com outras pessoas em lugar um comum, de todos, pessoas estas que nem conhecemos; brincar simplesmente; sorrir sem motivo. Parecem coisas bobas, mas são os nossos anseios, nesse mundo onde a tecnologia das redes sociais aproximam as pessoas, mas ao mesmo tempo as isolam.

Sair da toca, interagir, pular, agitar, viver...

Mas na quarta-feira de cinzas “acordamos” e isso é duro, por isso queremos "dormir" de novo e sonhar que a vida é só alegria.

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*Texto escrito em 22/02/2017, exato 1 ano atrás.
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