quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Voltar ao passado...


O senso comum diz que devemos sempre olhar para frente, seguir em frente... li até uma vez no Facebook uma frase que dizia “andar pra trás, nem pra dar impulso”.
Essa questão, como a maioria das questões humanas, entram no crivo da relatividade. Existem situações em que realmente devemos seguir em frente e deixar o passado para trás, somente conservando as boas memórias. Mas, também existem outras questões em que voltar ao passado se faz uma necessidade, por vezes até provocando impulsos quase irresistíveis a este retorno.
É neste momento em que eu estou. Num momento de retorno, de viagem ao passado. Mas não igual ao passado que já passou. A situação é praticamente igual, mas os personagens com os quais irei me defrontar são diferentes, são outras pessoas, mas com disposições parecidas, e, em muitos, idênticas às pessoas dessa parte do meu passado a que estou retornando.
Eu também não sou mais o mesmo. Não agirei igual àquele outro tempo, mas, com certeza, ainda assim terei algumas atitudes, no mínimo, parecidas (ou talvez iguais). Porém, isso, acredito eu, será a menor parte do todo. No geral, estou diferente, penso diferente e, consequentemente, agirei diferente, pelo menos é o que enxergo nitidamente.
Tenho que voltar e enfrentar essa parte do meu passado, pois este “passado” se faz muito presente na minha vida, quer eu queira ou não. Além de dificultar planos para o futuro. Mas com isso não me preocupo muito, sou mais focado em viver o presente, por isso mesmo desatar o nó deste passado/presente se faz necessário.
Estarei de início com escudo e espada nas mãos. Acredito que não demorarei muito para baixar a espada, mas o escudo levará um pouco mais de tempo. Confiança quebrada não se conserta fácil. E, por vezes, é tão difícil, que chega a beirar o impossível.

Vou-me em frente a este retorno.
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