sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ego

Sou uma pessoa difícil de relacionar-se. Algumas pessoas mais próximas a mim discordam. Mas quem sabe mais de mim sou eu. Sou difícil sim, chegando por vezes a ser intransigente.
Para alguém realmente se relacionar comigo, e me refiro à relação direta e ostensiva (amizade verdadeira, namoro, parceria), não basta apenas gostar de mim. Tem que gostar também do que eu gosto. E mais ainda... tem que gostar de quem eu gosto.
Essa intransigência vem do fato de eu não saber administrar conflitos. Quando entro em algum conflito, somente acontecem três coisas: eu me machucar, eu machucar os outros ou as duas coisas ao mesmo tempo. E isso é um monte de merda que eu prefiro evitar. Essa coisa de que os conflitos nos amadurece, fortalece e etc, pra mim é uma grande balela. PRA MIM, falo de mim. Cada cabeça tem seu universo e seus caminhos diferentes.
Não sei porque sou como sou e hoje já não quero mais saber, pois isso já gera um conflito mental muito grande. Simplesmente vou levando a vida nesse meu individualismo funcional e conveniente. Não vejo a palavra ‘conveniência’ mais como um palavrão, como eu via à um tempo atrás, pois já percebi que todos nós temos as nossas conveniências. Pra mim, isso é fato!
Uma pessoa próxima a mim, antagonista frontal desse meu jeito de ser, me disse: “Você vai morrer velho e sozinho.”
Na hora não respondi nada. Depois de um tempo, eu pensei: “Primeiro, que bom se eu morrer velho, pois assim terei tido uma vida longa e espero que saudável. Segundo, tenho medo da doença, do sofrimento e da morte, mas da solidão não.”
A solidão pode ser algo desagradável, triste... admito. Mas, tenho mais medo de companhias incômodas do que de ficar só.
E é na solidão que a gente ouve a voz da própria consciência. Mas disso eu não tenho mais medo, pelo menos por enquanto...
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