segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Amor x Aceitação


Já ouvi isso de muita gente: “quem ama aceita.”

Sou frontalmente obrigado a discordar. Amar não implica necessariamente em aceitar. Digo mais, em muitos casos, quem ama é quem menos aceita.
Aceitar o outro plenamente não é uma tarefa fácil, concordo. Mas, pra mim, é o único caminho para uma boa relação. Não importa se o outro está certo ou errado, se quer se relacionar, tem que aceitar e pronto. Mesmo o outro estando “errado”, tem que aceitar "o errado". Obvio que pode-se tentar conversar, contemporizar e etc. porém, jamais impor. Se não dá pra aceitar, simplesmente afaste-se, pois impor o seu modo de pensar e agir para o outro pode provocar um sério problema de consequências desagradáveis e que pode mais piorar as coisas do que ajudar.

Ou aceita ou afasta. Simples? Infelizmente não...
Isso seria simples se não existisse o amor em meio à relação. Pois como eu disse no inicio, quem ama não necessariamente aceita o outro como ele é. E por que motivo isso acontece?... Prepotência? Possessividade? Simples chatice?... Pode ser tudo isso em muitos casos, mas não em todos.
Acredito que quem ama quer o melhor para o ser amado. Problema é que o “melhor” para o ser amado nem sempre corresponde ao melhor para quem ama. Daí nasce um conflito que pode ser pequeno ou até alcançar proporções terríveis, transformado a relação num inferno astral.

O poeta e dramaturgo russo Vladimir Maiakóvski disse “Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor”.
Sou obrigado a concordar contigo, caro Maiakóvski. Porém, se eu tiver que escolher entre o amor e a aceitação, escolho a aceitação. Melhor mesmo se pudesse ter os dois, mas a vida nem sempre é justa... ou parece que não é.
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